Não tente mais me contaminar com a tua febre, Me inserir no teu contexto, Me pregar tuas certezas, Tuas convicções e outros remoinhos virulentos que te agitam a cabeça. Pouco se me dá, se mudam a mão de trânsito, As pedras do calçamento ou o nome da minha rua, Afinal, já cheguei a um acordo perfeito com o mundo: Em troca do seu barulho, Dou-lhe o meu silêncio.
domingo, 1 de agosto de 2010
Quando você vem
Se você vem às duas, desde o despertar começarei a ser feliz.
Se você vem às quatro... Desde o despertar começarei a ser feliz. Se você vem, serei feliz de qualquer maneira, mesmo que os segundos teimem em passar lentamente, mesmo que eu roa até a carne de ansiedade, mesmo que você demore a chegar.
Se você vem a qualquer hora, sem aviso, e até sem a flor que é única no mundo: serei feliz.
Basta que venhas uma vez por dia, por mês, ou por ano.
Basta que venhas uma única vez na vida para que eu seja feliz para o resto dela.
Se você vier, serei sorrisos a noite inteira.
Descobrirei sonhos além daqueles comestíveis.
Se você vier, não se perca pelo caminho, ainda que as cores os cheiros e os sons do mundo confundam seus sentidos.
E então eu prometo ser o sentido que me dá, toda vez que chega; e fica.
“Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol.
Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.
Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música.”
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