Não tente mais me contaminar com a tua febre, Me inserir no teu contexto, Me pregar tuas certezas, Tuas convicções e outros remoinhos virulentos que te agitam a cabeça. Pouco se me dá, se mudam a mão de trânsito, As pedras do calçamento ou o nome da minha rua, Afinal, já cheguei a um acordo perfeito com o mundo: Em troca do seu barulho, Dou-lhe o meu silêncio.
domingo, 8 de agosto de 2010
Deixe
Por mais que queira, não sei fugir das palavras.
Elas não sossegam enquanto não estiverem expostas.
Elas se unem a todos os meus sentimentos, se reeformulam e montam frases prontas para serem ditas.
Não respeitam meu cansaço, minhas responsabilidades e nem o meu orgulho.
Mas sou fiel a elas, porque no fim são elas que me trazem alguma felicidade.
Preciso delas tanto quanto do ar.
Elas desenham a minha história, enfeitam, e de alguma forma, me consolam.
Espero que enquanto estiverem aqui, me mudem, me melhorem e me deixem com mais vontade de vida. Sede de fazer o que me é preciso.
Mas eu sei, que hoje, só elas já não são suficientes.
Necessito das suas.
Por quê não sei, talvez saiba, mas elas me confortam e junto com as que já estão em mim ficam grandes e coloridas.
Formam uma prece que me deixa em paz.
Peço-lhe não retire as de mim.
Nenhuma vírgula.
Deixe-as se embolando nas minhas e criando um enredo bonito.
Elas me fazem ter um ritmo perfeito que a vida pede.
Eu preciso querer e você faz eu ter desejo de tudo.
Então venha,
Deixa a doçura escapulir de você,
Sente e fique.
Enquanto puder me manter viva e o que eu disser formar uma bela canção de amor.
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