domingo, 31 de julho de 2011



"Por muito tempo achei que ausência é falta. 
E lastimava ignorante a falta. 
Hoje não a lastimo. 
Não há falta na ausência. 
A ausência é um estar em mim. 
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim."


"Não digas onde acaba o dia. 
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs. 
As palavras do mundo. 
Não digas onde começa a Terra, 
Onde termina o céu Não digas até onde és tu. 
Não digas desde onde és Deus. 
Não fales palavras vãs. 
Desfaze-te da vaidade triste de falar. 
Pensa, completamente silencioso, 
Até a glória de ficar silencioso, Sem pensar."

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pelo tempo perdido


"Ontem chorei. 
Por tudo que fomos. 
Por tudo o que não conseguimos ser. 
Por tudo que se perdeu. 
Por termos nos perdido. 
Pelo que queríamos que fosse e não foi. 
Pela renúncia. 
Por valores não dados. 
Por erros cometidos. 
Acertos não comemorados. 
Palavras dissipadas.
Versos brancos. 
Chorei pela guerra cotidiana. 
Pelas tentativas de sobrevivência. 
Pelos apelos de paz não atendidos. 
Pelo amor derramado. 
Pelo amor ofendido e aprisionado. 
Pelo amor perdido. 
Pelo respeito empoeirado em cima da estante. 
Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. 
Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados.
Pela culpa. 
Toda a culpa. 
Minha. 
Sua. 
Nossa culpa. 
Por tudo que foi e voou. 
E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. 
Chorei. 
Apronto agora os meus pés na estrada. 
Ponho-me a caminhar sob sol e vento. 
Vou ali ser feliz e não volto."





(Caio F)
Sobre Saudade




"Porque quando fecho os olhos, 
é você quem eu vejo aos lados, 
em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim.

"Ele não sabe mais nada sobre mim. 
Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. 
Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. 
Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. 
Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. 
Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. 
Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. 
Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. 
Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: 
ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria."

(Marla de Queiroz)


"A saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que ela provou e aprovou. 
Aprovadas foram as experiências que deram alegria. 
O que valeu a pena está destinado à eternidade. 
A saudade é o rosto da eternidade refletido no rio do tempo."

Rubem Alves

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Será?



Se você me possuir e fôr dono da minha vida, eu serei seu escravo. 
O escravo não pensa, não tem vontade própria, muito menos brilho no olhar. 
Ele simplesmente obedece e segue a seu dono. 
Se eu fôr um ser sem vida, será que você continuará a me amar?






(Roberto shinyashiki e Eliana Dumet)


quarta-feira, 27 de julho de 2011


Sempre você


“E pra te falar ainda mais a verdade, eu acho mesmo que você foi o príncipe que eu esperei a vida inteira. 
Porque eu te juro, de todas as coisas do mundo, eu só queria olhar pra você. Eu escolheria você. 
Se me dessem um último pedido, eu escolheria você.”




(T B)

Que eu não mude



Que as asperezas do cotidiano não me tornem  uma pessoa amarga. 
Que eu tenha sempre gestos de carinho, principalmente nos momentos de intolerância. 
Que eu saiba transformar os espinhos em flores.




(Luzia Trindade)

O amor e suas razões


"O 'bonito' não se limita a um atrativo estético, interior. 
É você perceber algo a mais. 
É descobrir que alguma coisa daquela beleza supera as suas formas. 
É algo maior que me chama, que fala de mim, como se aquela beleza fosse algo que me faltasse. 
O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente. 
No meio de tanta gente, alguém se torna especial para você e você se aproxima. 
O amor é essa capacidade de retirar alguém da multidão, tirá-lo do lugar comum para um lugar dedicado, especial. 
Alguém descobriu uma sacralidade em você."




(F M)

terça-feira, 26 de julho de 2011

T.M


Você


"E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso...''


(Tati Bernardi)






eye contact


"Tenho aprendido que se olharmos mais nos olhos uns dos outros do que temos feito, talvez possamos nos compreender melhor, sem precisar de muitas palavras. Que uma coisa vale para todo mundo: apesar do que os gestos às vezes possam aparentar dizer, cada pessoa, com mais ou menos embaraço, carrega consigo um profundo anseio de amor. E, possivelmente, andará em círculo, cruzará desertos, experimentará fomes, elegerá algozes, posará de vítima para várias fotos, pulará de uma ilusão a outra, brincará de esconde-esconde com a vida, até descobrir onde o tempo todo ele está."



(Ana Jácomo)

"Foi então que o vento começou a soprar.
Compreendi que viver é isto.
Uma canoa que a vida nos empresta e só vale o quanto temos disposição para remar.
Tenho medo que a minha termine num gemido afogado, por ter batido em uma rocha atormentada por lembranças que ela decidiu petrificar.
Mas preferi acreditar que o temporal passaria largo e ao invés de se despedaçar eu a encontraria reluzente sobre as águas.
Às vezes eu fico de pé dentro dela, gosto de olhar a travessia.
Gosto de forçar o remo e sentir como é bonita a maneira como ela deixa tudo para trás.
Olho para as margens e vejo o sol mergulhar no horizonte.
Vejo as flores, os bosques, os prados, os jardins, as florestas e seus bichos correndo para os montes. Quero um mundo com o qual eu possa me emocionar.
Quero ter a soberania de uma borboleta almirante e cessar fogo no entrecortar de minhas asas.
Quero uma paisagem pela qual valha a pena lutar."



(Lídia Martins)





Do que se quer


"Eu quero andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é mais do que um simples ato que mantém mãos unidas. 
É uma forma de trocar energia, de dizer: - Você não se enganou, eu estou aqui.


 Porque por mais que os obstáculos nos desafiem, o que realmente permanece costuma vir de quem não tem medo de ficar."







(Fernanda Gaona)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Resgate de mim


Eu vim aqui me buscar. 
E aqui parecia ser longe, muito longe do lugar onde eu estava, o medo costuma ver as distâncias com lente de aumento. 
Vim aqui me buscar porque a insatisfação me perguntava incontáveis vezes o que eu iria fazer para transformá-la e chegou um momento em que eu não consegui mais lhe dizer simplesmente que eu não sabia. 
Vim aqui me buscar porque cansei de fazer de conta que eu não tinha nenhuma responsabilidade com relação ao padrão repetitivo da maioria das circunstâncias difíceis que eu vivenciava. Vim aqui me buscar porque a vida se tornou tediosa demais. Opaca demais. Cansativa demais. Encolhida.

Vim aqui me buscar porque, para onde quer que eu olhasse, eu não me encontrava. 
Porque sentia uma saudade tão grande que chegava a doer e, embora persistisse em acreditar que ela reclamava de outras ausências, a verdade é que o tempo inteirinho ela falava da minha falta de mim. Vim aqui me buscar porque percebi que estava muito distante e que a prioridade era eu me trazer de volta. 
Isso, se quisesse experimentar contentamento. 
Se quisesse criar espaço, depois de tanto aperto. 
Se quisesse sentir o conforto bom da leveza, depois de tanto peso suportado. Se quisesse crescer no amor.

Vim aqui me buscar, com medo e coragem. 
Com toda a entrega que me era possível. 
Com a humildade de quem descobre se conhecer menos do que supunha e com o claro propósito de se conhecer mais. Vim aqui me buscar para varrer entulhos. 
Passar a limpo alguns rascunhos. 
Resgatar o viço do olhar. 
Trocar de bem com a vida. 
Rir com Deus, outra vez. 
Vim aqui me buscar para não me contentar com a mesmice. 
Para dizer minhas flores. 
Para não me surpreender ao me flagrar feliz. 
Para ser parecida comigo. 
Para me sentir em casa, de novo.


Vim aqui me buscar. Aqui, no meu coração.

Coração aberto


"Alguma coisa me diz que coisas grandiosas estão por vir.
Por isso abro meu coração pra alegria, pra vida e pro sol que acaricia e não machuca… 
E é nesse estado de gratidão e contentamento que qualquer pensamento negativo que eventualmente surja, morrerá de inanição."

terça-feira, 19 de julho de 2011

Faz de conta....

Se o mundo fosse uma brincadeira de faz-de-conta, faríamos de conta que tudo é sempre bonito. E mesmo que o mundo não seja um grande livro de contos de fadas, estamos sempre querendo fazer de conta.
Fazemos de conta que somos felizes; que o amor não acabou; que ainda existe desejo,tentamos nos convencer de que todas as decisões que tomamos no passado foram acertadas. Talvez por medo de termos que confessar que em algum lugar de nossas vidas, falhamos.
É difícil ter de admitir que nos enganamos de caminho. Mas o mais difícil é pensar que vamos decepcionar outros. Apesar de tudo, “o que os outros vão pensar” pesa muito nas nossas vidas. Assim vamos fazendo de conta que está tudo bem. E chega um dia onde não encontramos mais saída. E a gente chora…
Chora na encruzilhada em que se encontra, chora no labirinto da vida, onde não queremos nem ir à frente e nem voltar atrás, mas sabemos que teremos que achar o caminho de qualquer jeito. E lamentamos o não saber o que fazer. Nos sentimos perdidos mesmo quando queremos fazer de conta que não.
Pensamos que seria melhor fingir que não existe problema nenhum; ou que podemos passar uma borracha e recomeçar tudo; ou então nos dizemos que bom mesmo seria voltar à infância inocente, sem esses “problemas de adultos” e até ir dormir mais cedo para que amanhã chegue logo.
Porque o agora, às vezes, desejamos que nunca chegue… Mas somos adultos, mesmo se nosso “eu” criança se sente perdido. Somos adultos e donos da nossa vida, das nossas vontades, embora intimamente sintamos a necessidade de pedir que alguém decida por nós para nos livrar do peso da responsabilidade da escolha. É preciso enfrentar a realidade, mesmo que doa; é preciso ter a coragem de tomar uma decisão e fazer escolhas, mesmo se daqui a dez anos percebamos que nos enganamos de caminho. Se enganar não é pecado; pecado é se saber enganado e continuar no mesmo trilho. É uma ofensa ao próprio eu.
Dê a você mesmo a oportunidade de ser feliz sendo quem é, como é. Saia do marasmo do dia-a-dia que mata e construa algo sólido onde se apoiar. A vida não espera por nós e não é por fingir que o tempo não passa que os relógios vão parar.
Chorar é bom e pode aliviar as tensões, mas nunca resolveu problema nenhum. Enxugue então suas lágrimas para que tenha uma visão mais clara do que é sua vida.
Tire a máscara do faz-de-conta e viva de cara lavada, mesmo se no momento não for o melhor que você tenha para apresentar ao mundo. Com o tempo você vai aprender que tudo fica mais fácil e você se sentirá aliviado. Não se pergunte o que vai fazer depois: aprenda com seus erros e dê o melhor de si. Dê a você mesmo uma chance de ser feliz, porque ninguém vai fazer isso por você.
* * *
Precisa dizer mais alguma coisa? O mundo não é um faz-de-conta e ATITUDE é o que conta. No fim de tudo você irá se arrepender muito mais das coisas que não fez, da sua falta de ação, do que dos erros que cometeu tentando acertar seu caminho.
Portanto, não viva de faz-de-conta; não finja que vive: viva! Não finja que acertou: reconheça seu erro e busque acertar na próxima oportunidade. Tente outra vez. Proponha-se ao risco, porque somente quem se propõe a ele é livre. Faça o melhor que puder fazer com o conhecimento e maturidade que tem agora. Porque se não der certo, você partirá desta com a tranquilidade e a certeza de que deu o seu melhor, e não arrependido por não ter arriscado fazer diferente.




PS: Com carinho para minha amiga Edna*

sexta-feira, 15 de julho de 2011

De novo e sempre


No Fim Eu Escolheria Não Ter Que Reencontra-Lo.

Eu Queria mesmo Poder Tê-L0 Todos Os Dias Comigo 

E Que O Reencontro Virasse Encontros.

Ainda espero

Ainda lembro, de quando ele se aproximou e eu senti medo. Não por pensar que faria algum mal, mas por não me sentir escolhida. Ele veio, ficou ao meu lado e eu, com a cabeça baixa, olhos fechados, pedi forte sem controlar os pensamentos: agora não meu Deus. Senti sua presença, sua respiração forte e aos poucos seu tocar, mas só com a alma. Meus olhos se inundaram, limparam tudo que havia por dentro, e eu, ainda tinha medo. Era um medo que não provocava desespero, que não me fazia fugir, mas que era forte.
Naquele momento eu tentei elevar minha alma, eu busquei purificação, mas não consegui, ao menos não senti. Contudo, me senti desmerecedora de tudo que estava ali, de tudo que envolvia o bem, a verdade, o amor. E doeu. Pedi perdão por todo o medo e a tudo que o construiu em mim... Não recebi. Não senti. Meu coração ficou desesperado, ele queria alimento, ele queria reconhecimento, preenchimento... Paz.
Com o tempo tudo foi se acalmando. Busquei um silêncio, um canto, uma solidão. Até que ouvi a voz daquele que havia se aproximado. Ele disse: "Não fique preocupado se você não sentiu o que queria 'da forma como queria', pois às vezes você sentiu e só não conseguiu ver isso em si mesmo, pois veio de uma forma singela, transparente aos seu olhos, ao seu coração, mas que sua alma mais tarde lhe mostrará." Fiquei calma, parecia como um conforto, até que ele voltou a falar, citando outros momentos como aqueles e um que ali presenciou... "Ao chegar perto de uma pessoa, não consegui avançar e nem me afastar, foi forte demais. Ao olhá-la por mais um tempo, vi duas grandes asas com dificuldades pra bater, vi pés amarrados ao chão e senti grandes vontades envolta de tudo. Talvez ela esteja presa a algo, talvez ela busque uma liberdade, algo mais. Não consegui compreender direito, mas acredito, espero, que as vontades em volta desta pessoa a liberte, a faça caminhar, voar." Um grande vazio e uma tristeza, com razão, tomou conta de mim, contudo que havia acontecendo em minha vida, tudo que eu senti naquele dia. Percebi que eu ainda estava presa, ainda estava difícil ter o que buscava... muito difícil.
Depois deste dia, quando não consigo algo, quando me vejo caminhando pra trás, o tempo parando, eu novamente errando, é inevitável não reviver aquele momento. O medo me invade, eu busco a solidão, e a única diferença é que espero escutar outras palavras, não queria me ver como me vi. Hoje, depois de uns alguns meses, eu ainda espero que as vontades que estavam em volta de mim me libertem, pois eu quero caminhar, eu quero voar. Eu ainda espero.

O tal destino


" Eu achei que pudesse tomar as rédias da minha vida sem pedir permissão ao tempo. 
Eu estava enganada, 
Ele sempre dá um jeito de mostar quem é que está no controle." 

domingo, 3 de julho de 2011

Amor. 
Bolinhas de sabão. 
O som de copos com água. 
O som das gotas no chão. 
Um sorriso tímido. 
A música por trás dos ruídos. 
Um coração encostado no outro. 
Um ou dois para sempres. 
Um avião nas mãos de um menino. 
Um barquinho de papel. 
Uma pipa atravessando as nuvens. 
Uma sementeira de tulipas. 
Um mingauzinho de aveia. 
Um par de meias listradas. 
Dois ou três cata-ventos. 
Uma palavra inventada.


(Rita Apoena)

Sobre o arrepio




O arrepio é quando,
por serem tão leves,
seus dedos conseguem,
em cada um dos meus poros:
soerguer uma flor.

Mário Quintana já disse

"Dos nossos males 

A nós bastem nossos próprios ais,
 
Que a ninguém sua cruz é pequenina.
 
Por pior que seja a situação da China,
 
Os nossos calos doem muito mais...
"

.

"A verdadeira arte de viajar 

A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
 
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
 
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
 
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!
"

.

Pare e Pense


"Crie filhos em vez de herdeiros." 

"
Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."
"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela." 

"
Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."
 

"
Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."
 

"
Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"
 
"Quantas reuniões foram mesmo esta sem
ana? Reúna os amigos." 

"
Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."
 

"
... e quem sabe assim você seja promovido a melhor ( amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã.. etc.) do mundo!"
 

"
Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."
 

E para terminar: 


"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço."

sábado, 2 de julho de 2011

É PRECISO


É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado.






(Guimarães Rosa)

As Vezes é simples assim


"Então eles se deram na convicção
Feitos um pro outro, mas por exclusão
Seu destino cego a lhes conduzir
Sua sorte à solta a lhes indicar um caminho
E dançavam lá em meio a tanta gente
Se encontraram ali
"
(Skank)

Vem



"Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida
Que a gente vai passar (...)
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar
Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior (...)
Diz, quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além."
(Los Hermanos)

Apenas Ouça


”Há no coração de cada um de nós, por essência, uma música que é somente nossa, inigualável, intransferível. 
Por várias razões, conhecidas ou não, às vezes aprendemos desde muito cedo a diminuir, gradativamente, o seu volume e inventar ruídos que nada tem a ver com ela para nos relacionarmos com nós mesmos e com os outros. 
Até que chega um tempo em que desaprendemos a entrar no nosso próprio coração para ouvi-la e, porque não passeamos mais nele, porque não a ouvimos mais, não é raro esquecermos completamente que ela existe. 
Mas, como toda ignorância, toda indiferença, toda confusão, não são capazes de apagar a beleza original dessa partitura impressa na alma, ela continua tocando, ainda que de forma imperceptível. Continua tocando, à espera do dia em que, de novo ou pela primeira vez, possamos aumentar o seu volume, trazê-la à tona, compartilhá-la. 
Continua tocando, e alguns são capazes de escutá-la mesmo quando não conseguimos.
Todo encontro genuíno de amor é também o encontro de duas pessoas que conseguem ouvir a música uma da outra e sentir alegria e descanso com aquilo que ouvem. Conseguem ouvir, não importa quantos ruídos tenham inventado pelo caminho para se
proteger da dor afastando a vida.”